Pesquisar este blog

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Paródia nas artes visuais




Paródia

A Paródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas), sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes. Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto.

A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.

Aparece como importante elemento no modernismo brasileiro e na Poesia marginal da chamada "Geração mimeógrafo".

Exemplos de Paródia

"*Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossos campos tem mais flores."

(Canção do exílio - Gonçalves Dias, poeta romântico brasileiro)

A paródia de Oswald de Andrade:
"Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como os de lá"

Reparem que "palmares", na verdade trata-se do Quilombo dos Palmares, ou seja, a expressão do nacionalismo crítico do movimento modernista brasileiro da vertente Pau-Brasil.

Música
A paródia, em música, seguiu sendo um estílo que tomou conta do novo método do Século XVI, com uso do cantus firmus que entrava em seu desuso sério da polifonia do Século XIV e XV. A partir de então, o cantus firmus se utilizou em raras ocasiões. A paródia seguiu sendo prominente em certos estilos de música instrumental, primeiramente na música para teclados. Conforme a música evoluiu pelo início do Barroco, a paródia entrou na história da ópera, e conta com inúmeros exemplos. Ironicamente iniciam-se com interlúdios cómicos nas óperas dramáticas, chamados de intermezzos. Exemplos destes intermezzos se encontram em óperas de Jean-Baptiste Lully (1632-1687), um compositor acostumado a escrever balés para a corte real.[1] Mas os intermezzos cómicos eram pequenos trechos para serem interpretados entre atos da opera séria---um intervalo sarcástico e humorísitico durante um espetáculo dramático. Lully era amigo de Molière e juntos criaram um novo estilo, o comédie-ballet, qual combinava teatro, comédia e balé. Um dos pioneiros da ópera francesa, e depois partiu solo com seu novo estilo, conhecido particularmente pelo nome de ópera buffa.

Palavras Evocativas

A tonalidade emotiva de um grande número de palavras se deve a associações provocadas pela sua origem ou pela variedade lingüística a que pertencem. São as palavras de poder evocativo, conforme as classificou Bally. São elas: os estrangeirismos, os arcaísmos, os termos dialetais, os neologismos, a gíria, os quais não só transmitem um significado, mas também nos remetem a uma época, a um lugar, a um meio social ou cultural.

Estrangeirismo:

É o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não equivalente vernácula, em vez da correspondente em nossa língua. É apontada nas gramáticas normativas como um vício de linguagem, o que, há muito, o que, há muito, é tido como uma visão simplista por diversos linguistas.

Por vezes, o estrangeirismo pode ser considerado uma figura de linguagem também, contanto que a palavra estrangeira exista e seja usada frequentemente ou tenha popularidade no dialeto.

Arcaísmo:

Há, na língua portuguesa, várias expressões e construções sintáticas que, embora comuns no passado, deixaram de participar da norma atual. Elas se constituem em arcaísmos lingüísticos.

Essas expressões — por comprometerem a clareza e atribuírem, ao texto, um tom excessivamente precioso e pedante — devem ser evitadas, sempre que possível.

Arcaísmos léxicos: palavras em desuso.

Alcaide: prefeito

Ceroula: cueca

Nosocômio: hospital

Outrossim: também

Hum: um

Soer: acostumar

Cincoenta: cinqüenta

Os arcaísmos são encontrados no Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque Ferreira de Holanda, mas isso não implica que ele possa ser usado. Há arcaísmos que têm apenas usos regionais, como:

Apalermado: bobo, idiota

Copiar: alpendre, vestíbulo

Magote: grande quantida

Termos dialetais:

Um dialeto (português brasileiro) ou dialecto (português europeu), do grego διάλεκτος, é a forma como uma língua é realizada numa região específica. Cientificamente este conceito é conhecido por "variação diatópica", "variedade geolinguística" ou "variedade dialetal".

Uma língua divide-se em inúmeras variedades dialetais. Desde as mais abrangentes (e. g. português europeu e português brasileiro) até às sub-variedades mais específicas. Por exemplo:

O grupo dialetal transmontano-alto-minhoto, que se inclui nos dialetos portugueses setentrionais.
O grupo dialetal mineiro, que se inclui no grupo dialetal do sul[carece de fontes?] do Brasil.
Os critérios que levam a que um conjunto de dialetos seja considerado uma língua autónoma e não uma variedade de outra língua são complexos e frequentemente subvertidos por motivos políticos. A Linguística considera os seguintes critérios para determinar que um conjunto de dialetos fazem parte de uma língua:

Critério da compreensão mútua. Se duas comunidades conseguem facilmente compreender-se ao usarem o seu sistema linguístico, então, elas falam a mesma língua.
Critério da existência de um corpus lingüístico comum. Se entre duas comunidades existe um conjunto de obras literárias que são consideradas património/ patrimônio usado por ambas (sem que haja necessidade de tradução), então elas falam a mesma língua.
Um dialeto, para ser considerado como tal, tem de ser falado por uma comunidade regional. As características da língua que não são específicas de um grupo regional são consideradas socioletos (variedades próprias de diferentes grupos sociais, etários ou profissionais) ou idioletos (variedades próprias de cada indivíduo).

As regiões dialetais são estabelecidas por linhas de fronteira virtuais a que se dá o nome de isoglossas.


Neologismo:

Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser fruto de um comportamento espontâneo, próprio do ser humano e da linguagem, ou artificial, para fins pejorativos ou não.

Pertence à família morfológica Neo (novo), cuja origem deriva do latim novus, nova, novum e do grego νές; do sânscrito návah.[1]

Pode também referir-se a uma nova doutrina no campo da Teologia que procura esclarecer o significado e significante das expressões presentes nas traduções bíblicas.

A palavra espiritismo (fr. spiritisme) surgiu como um neologismo criado pelo pedagogo francês Allan Kardec, utilizado pela primeira vez na introdução de O Livro dos Espíritos (1857), para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas, diferenciando-o do movimento espiritualista em geral.

Um exemplo prático, muito usado no Brasil, é o caso do termo "refri" onde se faz uso de um neologismo, uma vez que esta palavra é uma criação relativamente recente (Significa uma gíria para "refrigerante").

Também há os casos em que o substantivo é transformado em um adjetivo como por exemplo a palavra antena(objeto que capta diversas informações) ser transformada em antenado(pessoa que sabe muito sobre diversos assuntos).

Chama-se de neologismo o processo de criação de novas palavras na língua. Você já reparou que, de tempos em tempos, novas palavras surgem - seja nos telejornais, descrevendo uma nova tecnologia, por exemplo, seja nas ruas, por meio de gírias.

A vivacidade de uma língua está ligada à capacidade de seus falantes de criar novas palavras, ampliar o vocabulário, ou de emprestar dar às palavras que já existem novos sentidos.

Gíria:

é um fenômeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes à uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem própria (jargão).

É empregada por jovens e adultos de diferentes classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. Trata-se de um fenômeno sociolinguístico cujo estudo pode ser feito sob duas perspectivas: gíria de grupo e gíria comum.

é um fenômeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes à uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem própria (jargão).

É empregada por jovens e adultos de diferentes classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação de massa. Trata-se de um fenômeno sociolinguístico cujo estudo pode ser feito sob duas perspectivas: gíria de grupo e gíria comum.

Gíria comum
Quando o uso da gíria de grupo expande-se, passa a fazer parte do léxico popular e torna-se uma gíria comum. É usada para aproximar os interlocutores, passar uma imagem de modernidade, quebrar a formalidade, possibilitar a identificação com hábitos e falantes jovens e expressar agressividade e injúria atenuada. Torna-se um importante recurso da comunicação devido a sua expressividade. A gíria comum é usada na linguagem falada por todas as camadas sociais e faixas etárias, por isso deixa de estar ligada à falta de escolaridade, à ignorância, à falta de leitura. Na linguagem escrita é usada pela imprensa e por escritores contemporâneos, e muitos termos são dicionarizados.

Expansão do uso da gíria
Os movimentos político-sociais para democratização da sociedade refletiram-se também nos hábitos e na linguagem; a isto se deve o aumento do uso da gíria. A mudança da sociedade brasileira de predominantemente rural para urbana ampliou o uso da linguagem e dos costumes urbanos por todo o país. O mundo atual é instável, em constante e rápida transformação, e a gíria serve também para expressar revolta e frustração com injustiças sociais, para romper com os valores tradicionais. Neste panorama, cabe à escola não só preservar o ensino tradicional, mas também ensinar as variações lingüísticas e a adequação do uso de cada uma delas, dependendo do papel social que o falante representa em cada situação.

A gíria nos meios de comunicação
Os meios de comunicação de massa têm influência cada vez maior sobre os fenômenos da linguagem. Ao utilizarem as gírias em seus programas e reportagens, contribuem para a difusão destes termos por todas as camadas sociais. A cultura de massa precisa uniformizar a produção, então busca elaborar seus programas e textos de forma a atingir um receptor padrão que pode ser culto ou inculto. Surge a norma lingüística da mídia, que mistura hábitos orais e escritos numa linguagem compreensível por todos. Embora seja encontrada também nos jornais de maior prestígio, a gíria é amplamente usada pelo jornalismo popular. Estes termos são usados pela imprensa para aproximar o texto da linguagem oral, buscando a quebra da formalidade e a aproximação com o leitor. Alguns termos têm seu uso tão difundido que o leitor nem percebe que é uma gíria.

Função da linguagem

Funções da linguagem. são recursos de ênfase que actuam segundo a intenção do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicação. Um texto pode apresentar mais de uma função enfatizada.

Elementos da comunicação
1. Canal: meio pelo qual circula a mensagem.
2. Emissor: indivíduo ou grupo que codifica (emite) a mensagem.
3. Receptor: indivíduo ou grupo que decodifica (recebe) a mensagem.
4. Mensagem: o próprio texto transmitido.
5. Referente: conteúdo da mensagem, objeto ou situação a que a mensagem se refere, contexto relacionado a emissor e receptor.
6. Código: conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem, normalmente uma língua natural.
Obs: as atitudes e reações dos comunicantes (Conhecimento Prévio, Idiossincrasia) são também referentes e exercem influência sobre a comunicação.





Funções da Linguagem


Função emotiva ou expressiva

Esta função ocorre quando se destaca o locutor (ou emissor). A mensagem centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor, sendo um texto completamente subjetivo e pessoal. A idéia de destaque do locutor dá-se pelo emprego da 1ª pessoa do singular, tanto das formas verbais, quanto dos pronomes. A presença de interjeições, pontuação com reticências e pontos de exclamação também evidenciam a função emotiva ou expressiva da linguagem. Os textos que expressam o estado de alma do locutor, ou seja, que exemplificam melhor essa função, são os textos líricos, as autobiografias, as memórias, a poesia lírica e as cartas de amor.

Por exemplo:

É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!

— Poema do amigo aprendiz, Fernando Pessoa


Função referencial ou denotativa

A mensagem é centrada no referente,referencial, no assunto (contexto relacionado a emissor e receptor). O emissor procura fornecer informações da realidade, sem a opinião pessoal, de forma objetiva, direta, denotativa. A ênfase é dada ao conteúdo, ou seja, às informações. Geralmente, usa-se a 3ª pessoa do singular. Os textos que servem como exemplo dessa função da linguagem são os jornalísticos, os científicos e outros de cunho apenas informativo. A função referencial também é conhecida como cognitiva ou denotativa.

Características
neutralidade do emissor;
objetividade e precisão;
conteúdo informacional;
uso da 3ª pessoa do singular (ele/ela).

Função apelativa ou conativa
A mensagem é centrada no receptor e organiza-se de forma a influenciá-lo, ou chamar sua atenção. Geralmente, usa-se a 2ª pessoa do discurso (tu/você; vós/vocês), vocativos e formas verbais ou expressões no imperativo. Como essa função é a mais persuasiva de todas, aparece comumente nos textos publicitários, nos discursos políticos, horóscopos e textos de auto-ajuda. Como a mensagem centra-se no outro, ou seja, no interlocutor, há um uso explícito de argumentos que fazem parte do universo do mesmo. Exemplo:"Fique antenado com seu tempo..."; "Compre já, e ganhe dicas surpreendentes!"

Função fática
O canal é posto em destaque, ou seja, o canal que dá suporte à mensagem. O interesse do emissor é emitir e simplesmente testar ou chamar a atenção para o canal, isto é, verificar a "ponte" de comunicação e certificar-se sobre o contato estabelecido, de forma a prolongá-lo. Os cacoetes de linguagem como alô, né?, certo?, ahã, dentre outros, são um exemplo bem comum para se evidenciar

"Contato entre emissor e receptor"

Função poética
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". O foco recai sobre o trabalho e a construção da mensagem. A mensagem é posta em destaque, chamando a atenção para o modo como foi organizada. Há um interesse pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as palavras e suas combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários, provérbios, músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Nessa função pode-se observar o intensivo uso de figuras de linguagem, como o Neologismo , quando se faz necessária a criação de uma nova palavra para exprimir o sentido e alcançar o efeito desejado. Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e rítmicas, jogos de imagem ou de idéias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorada na poesia e em textos publicitários.

Características
subjetividade;
figuras de linguagem;
brincadeiras com o código.



Função Metalinguística

Caracterizada pela preocupação com o código. Pode ser definida como a linguagem que fala da própria linguagem, ou seja, descreve o ato de falar ou escrever. A linguagem (o código) torna-se objeto de análise do próprio texto[1]. Os dicionários e as gramáticas são repositórios de metalinguagem

Exemplos: “Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” Carlos Drummond de Andrade

Nesse poema, Drummond escreve um poema sobre como escrever poemas. Ou seja, a criação literária fala sobre si mesma.

Um outro exemplo é quando um cartunista descreve o modo como ele faz seus desenhos em um próprio cartum; ele demonstra o ato de fazer cartuns e como são feitos.


Paronímia

Paronímia é a semelhança gráfica e/ou fonética entre palavras. É o caso dos pares de palavras anteriormente expostas.

Outros exemplos de parônimos: Acender (atear fogo) ascender (subir), acento (sinal gráfico) assento (cadeira), acerca de (a respeito de) a cerca de (distância aproximada) há cerca de (aproximadamente), afim (parente) a fim (para), ao invés de (ao contrário de) em vez de (em lugar de), apreçar (tomar preço) apressar (dar pressa), asado (alado) azado (oportuno), assoar (limpar o nariz) assuar (vaiar), à-toa (ruim) à toa (sem rumo), descriminar (inocentar) discriminar (separar), despensa (depósito) dispensa (licença), flagrante (evidente) fragrante (perfumoso), incipiente (principiante) insipiente (ignorante), incontinente (imoderado)
incontinenti (imediatamente), mandado (ato de mandar) mandato (procuração), paço (palácio) passo (marcha), ratificar (validar)
retificar (corrigir), tapar (fechar) tampar (cobrir com tampa), vultoso (volumoso) vultuoso (rosto vermelho e inchado).




Por que - Por quê - Porquê – Porque

O emprego dos “porquês” está relacionada também com o fenomeno da hpmônimia já que são vocábulos que têm a mesma pronúncia mas que são grafados de diferentes maneiras. Veja:

Grafa-se “por que” (separado e sem “chapéu”) em dois casos:

a) Nas frases interrogativas (não no fim).
EXEMPLOS:
Por que saíste agora?
E nós, por que ficamos?

b) Quando for substituível por “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais

EXEMPLO:
As dificuldades por que passei foram muitas.
(As dificuldades pelas quais passei foram muitas)

Grafa-se “por quê” (separado e com chapéu), quando
essa expressão “bater contra” um ponto final.

EXEMPLOS:
Saíste agora por quê?
Ninguém sabe por quê.
Grafa-se “porquê” (junto e com “chapéu”), quando
essa palavra estiver substantivada (antecedida de artigo).

EXEMPLOS:
O porquê da questão não foi esclarecido.
Um porquê pode ser grafado de quatro modos.
Grafa-se “porque” (junto e sem “chapéu”) nos demais casos.
Não esquecendo que a grafia dessa forma tem caráter explicativo.

EXEMPLOS:
Não fui à aula porque estava doente.
Nota:
Após os vocábulos “eis” e “daí”, subentende-se a palavra “motivo” o que justifica a grafia da palavra
separadamente.
EXEMPLOS:
Daí por que não aceitei as reclamações.
(Daí o motivo pelo qual não aceitei as reclamações). Eis por que sou muito feliz.
(Eis o motivo pelo qual sou muito feliz).

Homonímia

Um dos componentes dos estudos linguísticos é o estudo semântico. Nele estuda-se a relação entre as construções da língua e seus significados, sua relação com o mundo extralinguístico.

Nos estudos semânticos encontra-se o estudo da homonímia. De acordo com o Dicionário de Linguística, de Jean Dubois e outros, de 1978, página 326: "homonímia é a identidade fônica (homofonia) ou a identidade gráfica (homografia) de dois morfemas que não têm o mesmo sentido, de um modo geral".

Ou seja, homônimos são palavras que apresentam formas iguais e significações diferentes.

Exemplos de homônimos homófonos (isto é, palavras que têm a mesma pronúncia mas escrita diferente):




Exemplos de homônimos homógrafos (ou seja, palavras que têm a mesma escrita e a mesma pronúncia):




•Neste caso, é preciso ficar atento às exceções, ou seja, palavras em que há a abertura da vogal tônica. Exemplos:
a) este (demonstrativo) - "Este é meu amigo" - e este (substantivo) - "O sol nasce no oriente, na direção este";
b) almoço (verbo) - "Eu almoço todos os dias" - e almoço (substantivo) - "O almoço estava uma delícia!".


Polissemia e homonímia

Muitos autores afirmam que o estudo da polissemia (pluralidade significativa) gera, quase sempre, o problema da distinção entre homonímia e polissemia.

A polissemia diz respeito à possibilidade que tem o item léxico de variar de sentido, dependendo dos diferentes contextos em que ele venha ocorrer. Vejamos os seguintes exemplos retirados de Borba:



Todavia, ao contrário das palavras polissêmicas, as homonímias comumente provêm de classes diferentes, tendo, assim, distribuição também diferente.

A palavra cobra pode figurar tanto como verbo quanto como nome, dependendo do contexto. Exs.: "Ela cobra a presença de todos na sala de reunião, agora!" ou "Cobra dessa espécie é peçonhenta".

Tem-se aqui o caso de homônimos homógrafos. A polissemia, por sua vez, trata-se sempre de uma mesma palavra que está sujeita a vários empregos, conforme exemplificado no quadro acima.

•Algumas palavras homógrafas depois do Novo Acordo Ortográfico:

Depois do Novo Acordo Ortográfico, não são mais assinaladas com acento gráfico, seja o acento agudo, seja o circunflexo, as seguintes palavras homógrafas:



Bibliografia

Dicionário de Linguística, de Jean Dubois e outros, São Paulo: Cultrix, 1978.

•Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa, Instituto Antônio Houaiss; coordenação e assistência de José Carlos Azeredo. São Paulo: Publifolha, 2009.

•Estudo dirigido de gramática histórica e teoria da literatura, de Audemaro Taranto Goulart e Oscar Viera, São Paulo: Editora do Brasil, s/d.

•Introdução aos estudos linguísticos, de Francisco da Silva Borba, Campinas: Pontes, 1998.

•Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores, de Mª. Margarida de Andrade e Antônio Henriques, São Paulo: Atlas Editora, 1991.

Sinonímia e Antonímia

Sinonímia

São palavras que mantêm relações de sinonímia e que representam, basicamente, uma mesma ideia.

Veja a relação a seguir:

* casa, moradia, lar, abrigo.

* residência, sobrado, apartamento, cabana

Todas essas palavras representam a mesma ideia: lugar onde se mora. Logo, trata-se de uma família de ideias.

Observe outros exemplos:

revista, jornal, biblioteca, livro.

casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta.

serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto.

telefonista, motorista, costureira, escriturário, professor.


Sinonímia

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.

Exemplos:

cômico - engraçado.

débil - fraco, frágil.

distante - afastado, remoto.


Antonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.

Exemplos:

economizar - gastar

bem - mal

bom - ruim