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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Confira uma lista de livros imprescindíveis para o vestibular

Em ordem cronológica, a primeira obra nos vem do Século XVI: o Auto da Barca do Inferno, da famosa "trilogia das barcas", de Gil Vicente.

Do XIX, o romântico José de Alencar comparece com Iracema, a índia que em sua imensa capacidade de amar acrescenta os ideais da justiça e da humanidade, apresentando os ideais da nova terra, a grande e promissora América, ao mesmo tempo em que um estranho Memórias de um Sargento de Milícias, de Manoel Antonio de Almeida, recusa-se a ser facilmente catalogado como romântico e surpreende com mais um ano na lista das obras obrigatórias.

o "pícaro" que Mário de Andrade escolhe como molde para seu Macunaíma, o primeiro malandro da cultura brasileira, nas palavras do Professor Antônio Cândido, em equilíbrio entre o hemisfério da ordem e o da desordem. Nessa "reportagem" sobre o Rio de Janeiro dos tempos do rei, a língua portuguesa falada nas ruas do Brasil adquire sua primeira grande performance escrita.

Ainda do XIX, em A Cidade e as Serras, o mestre do realismo português, Eça de Queirós, assinala a dicotomia entre o urbano e o rural, discutindo as questões que elege como realmente essenciais para o homem. Seu contemporâneo e ex-desafeto Machado de Assis pontifica com seu ambíguo Dom Casmurro, onde a psicologia favorece um mergulho nos mistérios do feminino e na eterna conspiração de Iago para a destruição do amor.

Do Século XX, Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, exibe sua permanente contradição entre a contemplação das concretudes do mundo e sua negação meramente formal à filosofia, enquanto revisita e discute a vida nos seus Poemas Completos.

Drummond, em A Rosa do Povo, trabalha a metalinguagem e o modo de ser-estar no mundo, as questões das classes sociais e o cotidiano, ao lado das perplexidades que pode gerar.

Também, como Drummond, do segundo tempo modernista brasileiro, a prosa enxuta e objetiva de Vidas Secas, do mestre Graciliano Ramos, apresenta o ineditismo de um romance desmontável , onde os treze capítulos constituem-se em contos independentes.

Finalmente, da chamada Geração de 45, onde parece que terminam todas as fases literárias de interesse para os vestibulares, o que é, no mínimo, estranho, a prosa de Guimarães Rosa despeja o maravilhoso do sertão nos contos de Sagarana.

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