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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PRóXIMA PARADA: UNDERLAND (Ou entre a cruz, a caldeirinha e...quero ser como papai

Na coluna de hoje, na Ilustrada, falamos da onda de lançamentos de produtos inspirados na nova versão de “Alice no País das Maravilhas” para o cinema, dirigida por Tim Burton. O filme junta referências da parte mais conhecida da história de Lewis Carroll (aquela da Disney, com a Alice criança) a elementos de “Através do Espelho”, que mostra a personagem como uma jovem mulher.


Wonderland foi imaginação de criança, a Alice de Burton está em Underland. Tudo é escuro, o vestido azul fica quase cinza, há monstros por toda parte e o guerreiro da rainha Vermelha se parece com um versão malvada do Edward Mãos de Tesoura (ou clone de cabelos curtos do modelo Jethro Cave, que também está na coluna de hoje e é a cara da Alice Dellal feita menino).

Gótico, vitoriano, rainhas, quase uma retrospectiva dos desfiles da família Lourenço. Tudo muito chique, claro. Os vestidos da Alice são especialmente lindos, vai ser uma loucura entre as debutantes modernas.


Citei na reportagem a atuação dos birôs de estilo, que, para compor seus leques de tendências, levam muito em conta as estreias cinematográficas previstas em Hollywood. Depois, os pacotes de tendências correm o mundo e, quando tudo corre de acordo com os planos, vem o resultado: no caso em questão, haja produtos de Alice para encher tantas prateleiras e esvaziar tantas carteiras.

O filme é uma lição para mulheres. A qualidade da lição é outra história… Vamos arriscar aqui uma leitura, porque ainda não foi proibido pensar sem a obrigação de provar alguma coisa no final. Que maravilha!

Então, a Alice do filme está vivendo um dilema. Ou se casa com um almofadinha feioso e de estômago frágil ou vive sob a sombra da desgraça familiar de se tornar mais uma solteirona que pirou esperando um noivo inexistente e ficou pesando na economia doméstica da mamãe viúva.

[...]

E, pensando mais à frente, Alice, a sinhazinha-dominatrix do navio? Ou Alice, a sinhazinha-virgem do navio? Ou Alice a sinhazinha-freira do navio? Ou a tirana conquistadora? Ai, Alice, melhor chamar o coelho porque assim fica muito ruim. Frígida, histérica, assexuada ou pervertida, mas que lindas opções, não?

Seguindo o coelho, melhor seria reencontrar o gato misterioso. Alice tem coisas a acertar com ele.

Fonte: http://ultimamoda.folha.blog.uol.com.br/arch2010-04-01_2010-04-30.html

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