Na comunicação o :). O smiley ou carinha feliz, foi criado em 1982 para tentar ganrantir mensagens bem - humoradas não fossem interpretadas inadequadamente. O :)permite que, em comunicações pessoais ou profissionais PELA INTERNET, fique claro o seguinte: "Ei, estou brincando". Bem pensado! Afinal, uma mensagem mal interpretada pode ter consequencias inesperadas. Nem sempre, porém, podemos contar com sinais, como o smiley. Na maioria das vezes, empregamos apenas a linguagem verbal nos textos que produzimos. Por que uma mensagem "fracassa"? Não se podem listar todas as interferências que determinam uma interpretação inadequada; a "culpa" pode ser tanto do emissor quanto do receptor, Por isso, é preciso elaborar as mensagens com cuidados para que não ocorram desvios no sentido. Listaremos a seguir, três cuidados que devem ser observados na elaboração de textos. 1º - Apresentação do texto: - Respeito às margens dp papel (não escrever além da linha). - Empreho de parágrafo (Afastamento da linha e maiúscula no início de cada prágrafo). - Letra legível (quanto ao desenho, quanto ao tamanho, quanto ao tipo de caneta utlizada ou à cor do lápis). - Limpeza (Ausência de borrões, rabiscos, manchas). 2º - Adequação da linguagem ao receptor: Quando tentamos nos comunicar, é preciso considerar a pessoa a quem nos dirigimos. Esse conhecimento pode determinar, entre outras questões, o nível de linguagem a ser empregado. Exmeplos: Um adulto escolherá um vocabulário e usará frases mais simples se estiver explicando algo a uma criança de pouca idade; um jovem deveria evitar gírias de seu grupo se quisesse ser entendido por uma pessoa idosa. A questão "adequação da linguagem", entretanto, não se limita a problemas de idade entre os interlocutores. A intimidade ou distanciamento, as vezes até mesmo o assunto, determina a maneira como a linguagem deve ser empregada. 3º - Adequação da linguagem ao tipo de texto: O texto que se produz é determinante também da linguagem a ser empregada. Exemplos: Um e - mail é, via de regra, educado, porém informal; uma prova exige correção, clareza, certa formalidade; as falas das personagens de histórias em quadrinhos variam em função das características dessas personagens; diante de um juiz, um advogado tentará ser correto, claro, e empregará a linguagem característica do direito, para se fazer entender O “CERTO” E O “ERRADO” NO USO DA LÍNGUA “Ta na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.”(1) “Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões”.(2) Qual delas é gramaticalmente correta? Não há dúvidas que é a frase 2. Mas, se tanto a frase 2 quanto a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer pessoa que seja falante do nosso idioma pode entende-las perfeitamente, por que então se considera correta a frase 2 e errada a frase 1? Ou seja, que critérios são usados para determinar o que é certo e o que é errado dentro de um mesmo idioma? De modo geral, os falantes são levados a aceitar como “correto” o modo de falar do segmento social que, em conseqüência de sua privilegiada situação econômica e cultural, tem maior prestigio dentro da sociedade. Assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as demais variedades lingüísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser consideradas “erradas”. É importante entender que, a principio, não existe uma forma melhor (“mais cera”) ou pior (“mais errada”) de se falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se dá baseada em critérios sociais e também em situação de uso efetivo da língua. Uma das funções da escola é, através do ensino de língua portuguesa, oferecer a você condições de dominar a norma-padrão, a fim de que, nas circunstâncias sociais convenientes, seja falando, seja escrevendo, você possa utiliza-la adequadamente. LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL Já vimos que, convencionalmente, considera-se como “correta” a língua utilizada pelo grupo de maior prestigio social. Essa é a chamada língua culta, falada escrita, em situações formais, pelas pessoas de maior instrução. A língua culta é nivelada, padronizada, principalmente pela escola e obedece à gramática da língua-padrão. A língua coloquial, por outro lado, é uma variante espontânea, utilizada, mas relações informais entre dois ou mais falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as normas. O Falante, ao utiliza-la, comete deslizes gramaticais com freqüência considerável. Outra característica da língua coloquial é o uso de constantes de expressões populares, frases feitas, gírias etc. Fazendo uma comparação entre a língua culta e a língua coloquial, é possível constatar que, em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bastante evidentes, mas, em outros, os limites não são tão claros, ficando difícil, nesses casos, definir uma “fronteira” entre o que é culto e oi que é coloquial. No quadro que segue, estão as diferenças que mais facilmente podem ser observadas: USO COLOQUIAL/POPULAR USO CULTO Pronuncia mais descuidada de certas palavras e expressões: nóis, oceis, tá bão, num vô, num quê Maior cuidado com a pronúncia: nóis, vocês, está bom, não vou, não quer. Não utilização das marcas de concordânci.a Ex: Os meninos vai/vão bem. Uso regular da forma nós. Uso constante de a gente no lugar de nós. Raro uso dessas expressões. Mistura de pessoas gramaticais. Ex: Você sabe que te enganam. Uniformidade no uso das pessoas gramaticais.Ex: Você sabe que o enganam. Tu sabes que te enganam. Uso “livre” da flexão dos verbos. Ex: Se ele fazer; enganam. Utilização da flexão verbal conforme as normas gramaticais. Ex: Se ele fizer, se ele puser. Uso de gírias. Não utilização de gírias. TEXTO 3 Se utilizássemos numa conversa com homens medievais a expressão Idade Média, eles não teriam idéia do que isso poderia significar. Eles, como todos os homens de todos períodos históricos, se viam vivendo na época contemporânea. De fato, falarmos em Idade Média representa uma rotulação a posteriori, uma satisfação da necessidade de dar nome aos momentos passados. No caso do que chamamos de Idade Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um desespero indisfarçado pelos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI. VAMOS ACABAR COM ESSE FOLGA O Negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo. De repente , um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação, e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: - Isso é comigo? - Pode ser com você também – respondeu o alemão. Ai então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos. O alemão limpou as mãos, deu mais um golpe no chope e fez ver aos presentes que o dizia era certo. Não havia homem para ele naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois um norueguês etc.etc. Até que, lá do canto do café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia, para perguntar, como os outros: - Isso é comigo? O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e ... pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina ai que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são malandros do que os outros. (Stanislau Ponte Preta, Dois amigos e uma chato,São Paulo, Moderna, 1986.)
O vídeo abaixo, demonstra com humor as diferenças entre o uso da linguagem coloquial e da linguagem culta.
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